A primeira mulher a fazer história no Judiciário acreano, a desembargadora aposentada Eva Evangelista carrega em sua trajetória marcas que se confundem com o próprio avanço da Justiça no Acre. Seu caminho foi tecido com coragem, pioneirismo e dedicação, deixando um legado que ultrapassa o exercício da magistratura para se transformar em exemplo de vida. Na quarta-feira, 27, esse percurso de quase cinco décadas foi celebrado em uma homenagem.
A solenidade ocorreu no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), onde foi lançada a revista “Eva Evangelista – uma vida dedicada à Justiça”, obra que reúne em 104 páginas de lembranças, conquistas e desafios da magistrada, que se aposentou em setembro de 2024. O evento contou com a presença de autoridades, familiares, magistradas e magistrados, além de representantes de outras instituições.
Emocionada, a desembargadora falou ao público, traduzindo em palavras a dimensão humana de sua caminhada.
“Essa foi minha vida entremeada de família e trabalho, com as dificuldades e características da Amazônia. Foi essa vida que está descrita na obra, sem tanto heroísmo, apenas a vida que podíamos viver, uma vida em constante evolução. Foram tempos de lutas, muitas lutas, todas motivadas por desafios que me moveram. Fui muito feliz aqui”, disse.
Representando a Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), o juiz Mateus Santini, segundo vice-presidente, esteve presente à solenidade e participou da entrega da homenagem.
Mesmo em missão em Florianópolis-SC, a presidente da Associação, juíza Olívia Ribeiro, fez questão de enviar uma mensagem à desembargadora.
“Sua trajetória é um exemplo inspirador para todos nós. Sua dedicação ao Judiciário e à magistratura acreana, em especial à causa da violência contra a mulher, é um modelo a ser seguido. Desembargadora Eva, a Asmac se orgulha de ter você como vice-presidente e representante tão qualificada. Seu legado será lembrado por gerações futuras”, escreveu a juíza.
