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Artigo: A medalha de ouro na Justiça*

O acreano pode comemorar o selo de ouro 2015/2016 conferido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC). A premiação, concedida desde 2013, representa o preparo da magistratura em atender as demandas da sociedade.

A celebração pela “medalha” é fruto de uma meta, do comprometimento, da dedicação de cada um dos atores envolvidos na função de promover a Justiça, desde o mais alto cargo, envolvendo desembargadores, juízes, os servidores, dentre eles as equipes dos gabinetes, o pessoal da segurança, da recepção e a turma da faxina.

Para uma premiação como essa, deve sempre existir um preparo, o envolvimento dos servidores interessados em vestir a camisa e entrar em campo, sabendo que cada ato, desde a cobrança de escanteio, passando por jogadas ensaiadas, saindo do meio de campo e não deixando a bola cair, evitando o atraso que poderia resultar na perda da bola.

Como em um campeonato, mesmo sendo um Tribunal pequeno porte, conforme estabelecido pelo CNJ, o TJ/AC está à frente de outros 15, incluindo aqueles de médio porte, sendo que um magistrado acreano julga em média um processo a cada 3 horas e 20 minutos.

Apenas em 2016, cada juiz julgou em média 1.017 processos dos 1.304 distribuídos, representando um aproveitamento de 78%. O resultado representa uma goleada a medida em que temos nosso nível de transparência bem avaliado, chegando ao final com 485 pontos, um dos maiores resultados.

A alusão ao futebol, paixão de todo brasileiro, serve apenas como demonstração que o trabalho desenvolvido utiliza todas as ferramentas necessárias para garantir o atendimento da população, do mais humilde ao mais abastado.

Nesse time, não há reservas e todos tem suas funções, e, mesmo sendo um Tribunal de Justiça de pequeno porte, localizado em um dos menores Estados, na Amazônia Ocidental, tendo localidades de difícil acesso, já julgou vários casos de repercussão nacional, demonstrando protagonismo.

Luís Vitório Camolez*

Presidente da Associação dos Magistrados do Acre – Asmac